sábado, 18 de agosto de 2012

Caros Amigos

Tem tanta coisa que eu quero escrever, tem tanto livro que eu preciso ler e tantas coisas necessárias de serem feitas, que eu precisaria viver uns 200 anos para chegar na metade. Esse é o problema da nossa época. Acho que há uns 400 anos, todo o conhecimento escrito que alguém que tivesse a sorte de saber ler poderia adquirir em toda a vida deve ter sido menor do que a Folha de São Paulo dominical. O tempo teria que parar uns meses (para os outros, lógico) para eu poder botar em dia todas as minhas leituras e escritos.
Porque além da minha vidinha intelectual e virtual, tem a de verdade. O trabalho, as filhas, o marido, o resto da família, amigos, etc., não necessariamente nessa ordem. Alfred Doolittle, um vagabundo convicto, personagem de My Fair Lady, aquele musical adorável com a Audrey Hepburn, dizia que já tinha trabalhado por um tempo, para se ocupar.
- Não vale a pena - dizia ele no filme - ocupa todo o seu dia.
Pois é, meus dias andam ocupados. Espero que seja temporário, pois a Operação Inverno vai terminar um dia, e eu voltarei a ter uma carga horária um pouco mais próxima do razoável. Por enquanto, minhas postagens andam cada vez mais raras. Não por falta de vontade. Muitas vezes, tenho até inspiração. Escrevo mentalmente no banho, antes de pegar no sono, em algum momento de calmaria no trabalho. Não sei se isso parece loucura, mas é o que acontece. Só que não tem dado tempo de escrever de verdade. E meus escritos mentais são etéreos e passageiros. Eles vão-se como vão-se as pombas dos pombais, apenas raia sangüínea e fresca madrugada.
Tudo isso para justificar as minhas ausências.
Faz-se tarde. Trabalhei 12 horas sem parar muito. Atualizei algumas tarefas da especialização à distância (tem isso, ainda). Além de todo o resto. Escrever hoje era uma questão de honra. Agora posso dormir, honrada e exausta. Se a Joana deixar, lógico, e se a Luísa não tossir muito.

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