Joana está a aprender sobre causa e consequência. Já algum tempo diverte-se a atirar objetos ao chão e ver o que acontece, metódica e cientificamente. Hoje estava sentada no tapete brincando com sua girafa de plástico. É uma girafa muito interessante. Seu pescoço é oco, e ela tem uma abertura em cima, na cabeça, e uma tecla no fundo. Quando a criança coloca cubos coloridos (que vêm junto com a girafa) no buraco, eles batem na tecla do fundo, que faz tocar uma musiquinha. Joaninha passou vários minutos a brincar de jogar os cubos para dentro da girafa e observar atentamente o som que faziam. Ela já tinha a habilidade motora de acertar o buraco com os cubos há algumas semanas. Mas hoje, algo a intrigou. Passou cerca de 20 minutos a experimentar com todos os cubos, um a um, para ver se o resultado era o mesmo. De repente, pegou a girafa, virou-a e procurou com o dedinho a tecla. Eureka! Era dali que vinha o barulho. Parou de jogar os cubos pelo pescoço da girafa e passou a apertar a tecla incessantemente, dando gritinhos de felicidade. Olhava para mim e mostrava-me seu feito:
- Ma, ma, ma, ma! É me, é me, é me! Galibu, galibu, bali, bali, abuuu!
Eu interpretei à minha maneira:
- Mamãe, mamãe, é minha girafa. Olha! O barulho vem daqui! O cubo cai e faz apertar esta tecla!
Genial.
***
Joana andou doentinha nos últimos dias, motivo da minha ausência prolongada neste blog. Não há inspiração que resista à preocupação e tamanha falta de sono. Agora está melhor. Sem febre, ainda com muita secreção respiratória e um pouco de tosse. Nada que não aflija toda a cidade de Porto Alegre nestes dias de frio de renguear cusco. E olha que ainda estamos no outono.
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