segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Carnaval

Então é véspera do carnaval. Adoro samba, mas não chego a ser a maior fã de todo esse auê. Quando mais jovem, sem marido e sem filhas, gostava de ir nos bailes da praia. Os desfiles na televisão, após 34 carnavais, tornam-se um pouco repetitivos. Lá na avenida deve ser fascinante. Mas da TV, meio que perde um pouco. Como ver fogos de artifício pela TV. Artificial. Ou Foz do Iguaçu. Nem se compara com a coisa real. Enfim, eu não saberia, pois nunca assisti a um desfile de escolas de samba na avenida.
Ontem poderia ter levado as meninas no seu primeiro baile de carnaval, no Palácio de Verão. Só que a piscina era bem mais convidativa do que o baile, dado o calor insano que fazia. Ficamos todos mergulhados dentro da água, piscina ou lagoa. Inclusive a Joana. No salão do restaurante, as crianças chegavam fantasiadas para o baile. Metade era odalisca e a outra metade era havaiana. Uma ou outra bailarina. Os meninos, todos, literalmente, que eu vi, fantasiados de homem-aranha ou batman. Vários de sunga e máscara. Além da capa, lógico. Luísa tinha uma linda máscara de carnaval que a vovó levou outro dia, mas a fantasia de banhista dentro da água era muito melhor. Ainda haverá muitos carnavais para elas pularem.
Retornamos ontem para Forno Alegre. Cascatas de chuva na estrada e nenhuma gota na cidade (ao menos na Cidade Baixa). Quisemos fugir do trânsito e antecipamos nossa volta. Mesmo assim, free-way cheia (de água e de carros)
E agora, cá estou eu a digitar estas palavras, lembrando do Vinícius de Morais:
"A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira"
É, este ano me fantasiei de mãe durante o carnaval. Pena que tudo se acaba na quarta-feira, quando volto a ser a mulher-bombril: mil e uma utilidades. Inclusive, mãe.

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