domingo, 4 de março de 2012

Febre

Demorei para escrever porque tive que cuidar da minha Joaninha, que está febril. Pobre anjo, até sorri no meio da febre. Seus olhos imensos e normalmente faiscantes estavam pequeninos e parados. Ainda assim, recebeu elogios da equipe que a atendeu hoje na emergência pediátrica. Fez exames, mas não sabemos ainda o que há de errado. E a febre continua.
Apesar disso, brincava alegremente na sua cadeira de balanço quando chegamos do hospital. Fiquei a observar como ela explora cada objeto. Primeiro ela pega o brinquedo, examina-o por todos os ângulos. A seguir, explora com as mãos, sacode, verifica se faz algum som. Por fim, leva-o à boca para ver que gosto tem. E em seguida atira longe. O curioso é que agora ela mudou o jeito de atirar longe. Antes, limitava-se a soltar para ver o que acontecia. Agora, ela leva o brinquedo para trás dos ombros e joga-o com força. Hoje, com toda a febre, ela decidiu tentar pegar o objeto do chão. A cadeirinha de balanço não é muito alta. Ela fica presa por um cinto de segurança e, até há alguns dias, contentava-se em apoiar a cabeça, meio deitada, num ângulo de 45 graus, e balançar-se agitando as perninhas. Agora, quer ficar sentada. Atira-se para frente e, não fosse o cinto de segurança, teria "capotado". Mesmo com toda a febre, ficou cerca de meia hora a fazer "experiências científicas". A fisionomia concentrada. Não ria. Aquilo era coisa séria. Pegou o cavalo-marinho amarelo com argolas e explorou-o com as mãos e com a boca. Em seguida, deixou-o cair no chão. Então, atirou-se para frente e juntou o brinquedo. Sozinha. Precisou de várias tentativas até conseguir. Mas não desistiu. Logo após tê-lo juntado, jogou-o novamente no chão, só que com mais força. E voltou a repetir o "experimento" mais três ou quatro vezes. Depois, fez a mesma coisa com seu pato de pelúcia. Uma pequena cientista, minha Joaninha.
Neste ponto, a febre começou a subir mais e acho que ficou desconfortável, pois ela começou a chomingar. Peguei minha futura Marie Curie no colo e senti seu corpinho quente contra o meu peito.
Agora a febre baixou, após mais uma dose de antitérmico. Ela dorme tranquilamente. Vou fazer o mesmo, pois Joana febril dorme ainda pior do que quando está bem. A madrugada será longa. Espero que a doença seja curta.

3 comentários: